quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cultura do brincar

A brincadeira como objeto de cultura

As crianças quando brincam, se defrontam o tempo todo com os vestígios que as gerações mais velhas deixaram. Não são os adultos que em primeiro lugar, oferecem esses ensinamentos às crianças?

Ter a família parceira do processo de ensino aprendizagem é  uma forma de reafirmar isso, assim pensamos no Chá dos avós, porque sabemos que na configuração de família atual, é natural encontrarmos muitos avós que cuidam dos netos, de modo integral, sua influência evidencia-se em todos os aspectos e hoje, podemos ter certeza disso, em uma conversa gostosa e divertida, registramos suas brincadeiras de infância e vivenciamos muitas brincadeiras com as crianças.



Um chá compartilhado entre avós e netos reafirmou a necessidade da interação entre o que a criança vive em casa e o que aprende na escola.








O reconhecimento da infância como fase específica da vida,com suas caraterísticas e necessidades, permitiu um novo olhar para a criança e para o brincar.
Acreditamos que a brincadeira representa uma linguagem própria da criança, é por excelência a maneira como constrói seus conhecimentos a cerca de si e do mundo. A imaginação e a fantasia  estão presentes nos seus modos de brincar e devem ser encarados como possibilidades  de sua construção como pessoa.


Trabalhamos nesse subprojeto as brincadeiras e os brinquedos preferidos das crianças e observamos como eles criam e agem sobre os objetos, transformando-os.





Pedimos que trouxessem de casa seus brinquedos preferidos, respeitando também suas vivências, escolhas e observando a relação das crianças com os brinquedos  industrializados, marca inegável dos nossos tempos, não nos cabe fingir que não existam e sim propiciar uma nova relação, pois o brincar na escola, é diferente de brincar em casa, as possibilidades de troca e interação em grupo foram maiores e percebemos novas representações, para o brinquedo.







Antes do século XIX, a produção de brinquedos não era a função de uma indústria, era sim a peça que ligava pais e filhos. Madeira, ossos, sementes, tecidos, pedras, palha e outros materiais eram usados para sua construção. Esse movimento foi perdendo força com a industrialização e muitos brinquedos sugerem a brincadeira como uma atividade em que a criança possa brincar sozinha. Assim pensamos em resgatar o processo de construção artesanal dos brinquedos, com temas distanciados daqueles ditados pela mídia, brinquedos mais antigos, propondo novas brincadeiras e o resgate de uma infância "esquecida".

BOLA DE MEIA



TELEFONE DE COPO E BARBANTE

FANTOCHE COM GARRAFA E TECIDO





FANTOCHE DE GARRAFA
FANTOCHES DE MEIA

BILBOQUÊCARRINHO DE CAIXA

As brincadeiras em grupo propiciam a relação entre os sentimentos, afetos e aprendizagem, aqui trazendo uma brincadeira de repetição com palavras,trabalhada em sala e feita  no dia do chá da vovó.





MÚSICA DE REPETIÇÃO


O livro CADÊ? da minha primeira biblioteca, traz a mesma estrutura de texto, as crianças se divertem com as repetições, desenvolvem a memória numa divertida brincadeira.



Ao assumir a função lúdica e educativa, a brincadeira propicia diversão, prazer, potencializa a exploração, a criação, a imaginação e a construção do conhecimento.
TRENZINHO


CABANINHA



As histórias permitem criar personagens que fazem parte do imaginário , uma canção que virou brincadeira foi da tartaruguinha da Fábula '' A festa no céu".




O alfabetário de brinquedos e brincadeiras, aconteceu através de todas estas experiências, foi uma construção coletiva, feita de forma lúdica e prazerosa, aprendizado que ficará gravado na memória deles com certeza.













Assim  foi possível refletir com a turma EI 20, as diferenças das brincadeiras antigas e atuais.

A partir da história O homem que amava caixas, as crianças demonstraram curiosidade em confeccionar brinquedos com caixas, saiu cada coisa!!!




A convivência das crianças com brincadeiras talvez " esquecidas" atualmente, promovem o conhecimento de uma cultura que deixou de ser cultuada e que necessita ser lembrada, transmitida, pois trazem em sua origem a história de muitas gerações.
AMARELINHA

Além da interação, essas brincadeiras, brinquedos e jogos proporcionam mecanismos para desenvolver a memória, linguagem, atenção, percepção, criatividade, coordenação motora , habilidades cognitvas e psicológicas


PASSA ANEL


A primeira infância é a base para um desenvolvimento harmônico e integral, e brincar e infância andam de mãos dadas, exatamente por isso os eixos curriculares para educação infantil são o brincar, a interação e o movimento.

GALINHA CHOCA








CABRA - CEGA





 O desenho é a mais pura expressão da interação da criança com os objetos, como ela se vê no mundo,significados que ela construiu e que consegue perceber e verbalizar, fazer relações entre o que viveu e foi importante.











Nossa culminância aconteceu com o passeio ao Unicirco Marcos Frota, as crianças com suas famílias e Escola, juntos desfrutando da alegria, de ver profissionais que através da brincadeira, nos divertem e encantam.







Assim pensamos a infância, momento único de brincar e ser feliz!!!

  Acreditamos que brincando, a criança aumenta sua independência, estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve habilidades motoras, exercita a imaginação, criatividade, socializa-se, interage, reequilibra-se, recicla suas emoções, sua necessidade de conhecer e reinventar e, assim, constrói seus conhecimentos. Parabéns à todos os profissionais do EDI Morro da Fé, por acreditar que brincando é que a criança aprende.

Nosso sonho começa agora .

Páginas